Interior – Marianna Leporace

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O “Interior” de Marianna Leporace

Cercado de grande expectativa, o CD Interior de Marianna Leporace chega ao público com a promessa de ser o seu trabalho mais íntimo. Trata-se de um disco com uma história peculiar porque foi produzido e gravado sem pressa, ao longo de doze anos.

A intensa vida artística de Marianna impôs outras prioridades, mas ela nunca abandonou este projeto, iniciado em 1999. Neste meio tempo, a cantora produziu uma obra discográfica notável composta de nove álbuns aclamados pela crítica especializada. Entre eles, destacam-se A Canção, a Voz e o Violão, em duo com o violonista Willians Pereira; e São Bonitas as Canções, com as parcerias de Chico Buarque e Edu Lobo feitas especialmente para o teatro.

A lenta gestação de Interior permitiu que fosse lapidado em cada detalhe, atingindo um elevado nível de elaboração. “Esse disco é quase uma saga e nela se traduz a história de minha vida. Interior é tudo que aprendi, vi e sorvi por esse país e do caminho que trilhei  pela vida afora”, assim traduz Marianna o conceito deste trabalho. “É absolutamente auto referente, o Interior do título é mesmo uma ilustração dos meus interiores diversos, das minhas referências, da minha criação, dos meus relacionamentos na música, na vida”.

 São doze as canções que Marianna reuniu para contar a sua história: “Eu trouxe uma mala cheia de músicas que desde sempre me acompanharam”. No repertório, todos reconhecerão um clássico absoluto, Vento Bravo de Edu Lobo e Paulo César Pinheiro, ao lado de pérolas nada óbvias assinadas por dois grandes nomes: Água, Mãe Água, de João Bosco; e Gandaia das Ondas e Pedra e Areia, de Lenine. Mas não se pense que este é mais um disco de releituras de clássicos dos medalhões da MPB. As demais canções são de autores mais conhecidos pelo público familiarizado com a cena independente, como Rodrigo Maranhão, Daniel Gonzaga, Alexandre Lemos, Yuri Popoff e Emerson Mardhine.

São amigos e parceiros de longa data como Alexandre Lemos, cujo CD autoral Lucidez foi inteiramente interpretado por Marianna. É ele quem fala sobre a sonoridade de Interior: “O que se ouve no disco de Marianna é a reinterpretação dessa complexa brasilidade onde ritmos quase tribais marcam o tempo de harmonias e arranjos tão bem cuidados quanto contemporâneos.” E completa: “É de interiores que ele fala, do coração, da terra, e vejam só, das águas doces e salgadas que, belas em sua natureza de espelhar o céu, escondem o tempo e a luz em suas profundezas sonhadas.”

Emerson Mardhine e Paulo Brandão formam o núcleo criativo responsável pelo conceito sonoro do disco, em parceria com Marianna. Eles assinam a maioria dos arranjos, revestindo cada canção com uma personalidade própria, mas conseguindo a unidade no conjunto. São paisagens sonoras contrastantes, que vão do cheiro de terra molhada em Interior (Rodrigo Maranhão) à iluminação zen de O Velho e o Rio acariciada pelo piano de Sheila Zagury, passando pela guitarra virtuosa de Paulo Muylaert em Tivéssemos Tempo (Emerson Mardhine / Marcelo Sandmann). Mas há também importantes contribuições de arranjadores convidados. Marcos Alves teceu um delicado bordado camerístico para o grupo Maogani interpretar A Sereia e o Marinheiro (Emerson Mardhine/Etel Frota). É de Mauro Perelmann o delicioso arranjo vocal para o Folia de 3 acompanhar Marianna em Gandaia das Ondas / Pedra e Areia (Lenine). E há ainda o luminoso arranjo de cordas da Délia Fischer no congado mineiro Ar e Vendaval (Yuri Popoff/Alexandre Lemos). É uma surpresa a cada faixa neste disco onde não há lugar para a monotonia.

 A voz de Marianna brilha emoldurada pela interpretação de grandes músicos. Nenhum deles está ali por acaso: “A presença da maioria dos músicos e autores é também uma representação da minha história musical”. Melhor exemplo é Fernando Leporace, irmão da cantora, baixista e compositor com presença marcante na música brasileira de qualidade desde os anos 60.

João Bosco faz uma participação luxuosa em sua composição Água, Mãe Água, agregando o vocal que é sua marca registrada, que faz belo contraste com a voz de Marianna.

Este CD há tempos vinha sendo aguardado pelos fãs da cantora, que há muito o cobravam nas redes sociais. Chegou a hora do público mergulhar no Interior de Marianna Leporace. A viagem começa pela apreciação do belíssimo projeto gráfico, assinado por Chris Lima, utilizando peças do artesanato brasileiro, patchwork e azulejaria. Na capa, doze fotos de Marianna – uma para cada canção – forma uma mandala em espiral que traduz o conceito deste trabalho. O CD chega agora às lojas abrindo uma temporada de shows de lançamento. Os cariocas tiveram o privilégio de vê-lo em primeira mão, no último dia 6 no Teatro Rival.

LETRAS

Interior (Rodrigo Maranhão e Beto Valente)

(Rodrigo Maranhão e Beto Valente)

É rinha de galo, é jogo marcado

É fogo no mato, sabiá apressado

É a lenha na sela, o sal prometido

A chuva na serra procurando um abrigo

 

É noite de lua, é noite de breu

Cana e rapadura, Casemiro e Abreu

É o fusca na praça, menino pescador

Na ponte que passa pelo interior

 

É a dor da enxada, é a flor do limão

O espinho do mato machucando o gibão

Vendedor de gaiola namorando a andorinha

É o chute na bola, o sol à tardinha

É visita descaço, o café de panela

A receita da massa, aguardente amarela

E a coisa mais bela desse interior

É a moça na estrada princípio de amor

É a moça na estrada princípio de amor

Ar e Vendaval (Yuri Popoff e Alexandre Lemos)

Ainda vou

De ir e de não voltar

De onde eu sou

Alguém há de me lembrar

Rio lambe, pedra, seixo e pó

Tempo come gente, bicho e sal

Mar se faz de rio, tempo e só

Eu me fiz de ar, de vendaval

 

Me dê meu cais

Meu porto de ser de mim

Mas vê se faz

De um jeito de sempre assim

Rio passa, mas não quer passar

Tempo passa pra dizer que não

Mar se faz de Jó e de Iemanjá

Eu me fiz de ar, de furacão

 

Se essa lua fosse minha

Eu mandava clarear

Cada noite tão sozinha

Que eu não tinha que passar

Cada verso, cada linha

Que eu gostava de escrever

Cada roupa de rainha

Que eu tirava pra você

Mas se mesmo assim não vinha

Meu amor pra me buscar

Se essa lua fosse minha

Eu guardava pra te dar

Tivéssemos Tempo (Emerson Mardhine e Marcelo Sandmann)

Tivéssemos tempo de colher de tudo o que medra

Nos dedos que temos recolher e dentro do peito madurar

Tivéssemos tempo de reter a estrela e a pedra

O tempo distenso de beber a água e o sal que há no mar

 

Tivéssemos tempo, amor

Que o corpo não pode esperar

Tivéssemos tempo de amar

Nas aras do tempo, amor

Nas aras do tempo deitar

Que o corpo só sabe sangrar

Que o corpo não pode esperar

 

Tivéssemos tempo de perder certeza e quimera

O senso de tudo revolver e tudo de novo começar

Tivéssemos tempo de verter a vida, quem dera

No tacho do tempo remexer e um mundo propício preparar

 

Tivéssemos tempo, amor

Que o corpo não pode esperar

Tivéssemos tempo de amar

Nas aras do tempo, amor

Nas aras do tempo deitar

Que o corpo só sabe sangrar

Que o corpo não pode esperar

 

Água viva vem levar

Destes veios carregar

Toda nódoa, toda mágoa

Água imaculada

 

Tivéssemos tempo, amor

Que o corpo já sabe esperar

Tivéssemos tempo de amar

Nas aras do tempo, amor

Nas aras do tempo deitar

Que o corpo não pode sangrar

Que o corpo já sabe esperar

Que o corpo não pode sangrar

O velho e o rio (Ricardo Mansur e Pedro Matta)

Enquanto o velho, olha pro rio

Vindo de longe, indo pro mar

A tarde mansa atras do rio

Vai ser manhã em outro lugar

O velho um dia foi menino

De ver o rio e de sonhar

E com o tempo o vento amansa

Abre caminho de se achar

E o homem velho virou menino

Que virou rio e virou mar.

Gandaia das ondas (Lenine) e Pedra e Areia (Lenine e Dudu Falcão)

Gandaia das ondas

É bonito se ver

Na beira da praia

A gandaia

Das ondas que o barco balança

Batendo na areia

Molhando os cocares

Dos coqueiros

Como guerreiros na dança

Ó! Quem não viu, vá ver

A onda do mar crescer

Ó! Quem não viu, vá ver

A onda do mar crescer…

 

Pedra e Areia

 

Olha! Que brisa é essa

Que atravessa a imensidão do mar?

Rezo, paguei promessa

E fui a pé daqui até Dakar

 

Praia, pedra e areia

Boto e sereia, os olhos de Iemanjá

Água

Mágoa do mundo

Por um segundo achei que estava lá

 

Olha! Que luz é essa

Que abre um caminho pelo chão do mar?

Lua, onde começa

E onde termina o tempo de sonhar?

 

Praia, pedra e areia…

 

“Eu tava na beira da praia

Ouvindo as pancadas

Das ondas do mar

Não vá, oh! morena

Morena lá, que no mar tem areia…”

Carrossel (Emerson Mardhine e Alexandre Lemos)

Era o céu cair no mar

Num azul de ser feliz

E eu não quis olhar

Dor também cria raiz

Nos jardins de Shangrilá

Pra que sonhar, me diz

Amanhã

Me deixe aqui

Numa estrala que eu nunca vi

E muito além

De se querer alguém

 

Mas o amor pra não ter fim

Fez o mar subir ao céu

Vulcão, Babel, clarim

Som e fúria, carrossel

O amor é sempre assim

E faz de mim troféu

Amanhã

Não va partir

Numa estrela que eu já perdi

E muito além

De me fazer ninguém

 

Ah

Outra vez o amor me fez

Fazer de conta além da conta

Quase tonta ver

Quanta luz

Do céu no mar

E acreditar até em ser feliz

Navegante (Fernando Leporace e Alexandre Lemos)

Navegar não há de ser em vão

Pra te encontrar me fiz meu capitão

Quis guardar dentro do coração

Mar de coral, conchas de sal na mão

Vendaval, velas de toda cor

Calmaria, remos de marfim

Por você o sol não quer se pôr

Sem você noite que não tem fim

 

Descobrir terras de outro Deus

Não descansar e nem dizer adeus

Pressentir no azul de tantos céus

Um outro azul do azul dos olhos seus

Desprezar o aviso dos faróis

Enfrentar a força das marés

Avançar cada vez mais veloz

E dançar sozinho no convés

 

Enlouquecer e ir além

Por já não ter pra quem voltar

E quanto mais você não vem

Ainda mais continuar

 

Viajar sem leme ou direção

Me abandonar no mar dessa ilusão

Recusar o cais da solidão

Que navegar não há de ser em vão

Brincar de roda com tufões

Deixar a chuva me enxarcar

Reconhecer constelações

Deixar o vento me levar

 

Enlouquecer e ir além…

Água, mãe água (João Bosco)

Dou de chorar

Chorar de rir

Rir de fazer

Água rolar só pro prazer

Água musa da filosofia

Toda gota principia

Num sabor novo de sal

Noite do iguana excita o rio

Água unidade do cio

Tudo é um, água total

No horizonte azul que a vista alcança

Vou na onda que balança

Nada é um nadar igual

 

Mãe de Quelé

Mãe de Pixinguinha

Rum Rumpi Lé

Dou uma palmadinha

No bumbum é

No bumbum de uma

Que abre, que abre o bué

Mãe de uma menina

Mãe de uma Nazaré

Viva o movimento

Mãe da maré

Benza o sofrimento

Fonte da Sé

Água na banheira

Ajuda, ajuda-me até

Traga-me um desejo novo

E vê se me põe de pé.

Sereia e marinheiro (Emerson Mardhine e Etel Frota)

Era uma sereia pós-moderna

Tinha um canto distraído

Levemente atonal

Linda imagem um olhar meio nouvelle

Lisa, fria pele

Vaga musa de Truffaut

Branca ao sol do Arpoador

 

Ele navegou os sete mares

Tinha sete mil moradas

Nenhum porto pra voltar

Nunca antes tinha ouvido tais cantares

Foi ficando ali

Louco para se encantar

Mal podendo acreditar

Um sonho, um cai, ah…

 

Diz a lenda

Que em história assim

Á um naufrágio no final

Tormenta, vendaval

Adeuses, nunca mais

Amante a soluçar

Destroços, areais, mas

 

Novo enredo

Numa outra versão

Aqui se acha um bom final

A força da paixão

Amansa o temporal

Não há mito ou quebranto

Que resista e o conto

Vai ganhando um outro encanto

Tanto…canto…

 

E foi um afeto tão bem-vindo

Que na tarde de domingo

No Outeiro vão casar

Casamento de sereia e marinheiro

Foge do roteiro

Vai virar um musical

Happy end, coisa e tal

Com um beijo no final

Perdido no meio das ondas (Daniel Gonzaga)

Perdido no meio das ondas

Perdido no meio do mundo

Segure nas bordas do barco

Sem medo de olhar pro fundo

Sem medo do barulho

Sem medo do respingo

As ondas batem monótonas

Como dias domingo

 

Segure que a tripulação

É a motivação pro barco andar

Quem foi capitão uma vez

Já chorou, já não vai abandonar

É que a solidão quando é sólida

É gélida, é horrível de aguentar

Só sabe do frio da água

Quem já teve roupa pra lavar

 

No frio do vento eu chorava quando perdia

Só braço de mãe te diz

Quando é tempo de acalmar

A luz que te envolve

Te envolve de noite e de dia

Quem só esperou nove meses

Tem muito o que esperar

Fazer a mala (Fernando Leporace e Dilma Lóes)

Fazer a mala e andar

Levando tudo que é bom

Vai a lembrança daqui

Fica a dor no coração

Deixo a tristeza num bar

Pedindo um outro limão

Tomo um café pra acordar

Passo no Zé, faço um som

 

Revejo todos os amigos

Que nunca mais vi

Ainda pego aquele filme

Que não assisti

Porque você não quis ir

Nem vou lembrar de você

Teu nome, até esqueci

Quando é que a gente se vê?

 

Dou um mergulho no mar

Ouço as histórias do Tom

Deixo esse sol me queimar

Andando até o Leblon

A moça passa e sorri

Viro pra trás pra olhar

O sol promete voltar

Esquenta o meu coração

 

Me lembro de tantos momentos

Que a gente viveu

Meu corpo chora

O céu tá escuro

O sol já se escondeu

Não tem ninguém mais no bar

O dia vai clarear

O velho sai pra correr

Quando é que a gente se vê?

Vento bravo (Edu Lobo e Paulo César Pinheiro)

Era um cerco bravo

Era um palmeiral

Limite do escravo

Entre o bem e o mal

Era a lei da coroa imperial

Calmaria negra de pantanal

Mas o vento vira e do vendaval

Surge o vento bravo

O vento bravo

 

Era argola, ferro

Chibata e pau

Era a morte, o medo

O rancor e o mal

Era a lei da coroa imperial

Calmaria negra de pantanal

Mas o tempo muda e do temporal

Surge o vento bravo

O vento bravo

 

Como um sangue novo

Como um grito no ar

Correnteza de rio

Que não vai se acalmar

 

Vento virador no clarão do mar

Vem sem raça e cor

Quem viver verá

Vindo a viração vai se anunciar

Na sua voragem quem vai ficar

Quando a palma verde se avermelhar

É o vento bravo

O vento bravo

 

Como um sangue novo

Como um grito no ar

Correnteza de rio

Ficha Técnica

Ficha Técnica

Direção, Produção Musical, Arranjos*, Gravação, Edição e Mixagem: Paulo Brandão e Emerson Mardhine;

Gravado entre janeiro de 1999 e dezembro de 2010 no estúdio BRand Estúdio, Rio de Janeiro;

Masterização: Carlos Mills – Mills Records

Produção Executiva: Sandra De Paoli – Zênitha Produções;

Projeto Gráfico: Chris Lima – Evolutiva Estúdio

Fotos: Marco Terranova

Fotos dos objetos e Assistente de fotografia: Guilherme Leporace

Fotos no estúdio: Leandro Leporace, Marianna Leporace e Guilherme Leporace

Visagismo: Edson Morales

 

* Exceto o arranjo de cordas na faixa “Ar e Vendaval”, de Délia  Fischer, o arranjo vocal na faixa “Gandaia das Ondas / Pedra e Areia”, de Mauro Perelmann e o arranjo de violões na faixa “Sereia e Marinheiro” de Marcos Alves.

 

1 – Interior(Rodrigo Maranhão e Beto Valente)

Chiquinho Chagas – acordeon

Edu Szajnbrun – percussão

Emerson Mardhine – violão / baixo

Paulo Brandão – violão

 

2 – Ar e Vendaval(Yuri Popoff e Alexandre Lemos)

Delia Fischer – arranjo de cordas

Emerson Mardhine – violões / programações

A Parede (C.A. Ferrari, Celso Alvim, Sidon Silva e Mario Moura) – percussão

Paulo Brandão – programações

Sinfônica do Arpoador (Rogério Rosa e Lui Coimbra) – cordas

 

3 – Tivessemos Tempo(Emerson Mardhine e Marcelo Sandmann)

Andy Connell – flautas de bambu

Bruno Migliari – baixo acustico

Emerson Mardhine – violões / programações

Murilo O’Reilly – pratos

Paulo Brandão – programações

Paulo Muylaert – guitarra

 

4 – O Velho e o Rio (Ricardo Mansur, Pedro Matta e Léo Azeredo)

Emerson Mardhine – baixo / programações

Fernando Caneca – violão de 12

Murilo O’Reilly – percussão

Paulo Brandão – programações

Sheila Zagury – piano

 

5 – Gandaia das Ondas (Lenine)/Pedra e Areia (Lenine e Dudu Falcão)

Alain Pierre – alaúde

Bruno Migliari – baixo acústico

Emerson Mardhine – programações

Folia de 3 (Marianna Leporace, Eliane Tassis e Cacala Carvalho) – vocais

Mauro Perelmann – arranjo vocal

Murilo O’Reilly – percussão

Paulo Brandão – programações

 

6 – Carrossel (Emerson Mardhine e Alexandre Lemos)

Andy Connell – clarineta

Emerson Mardhine – violão

 

7- Navegante(Fernando Leporace e Alexandre Lemos)

Bruno Migliari – baixo acústico

Emerson Mardhine – violão / programações

Guilherme Hermolin – flautas

Murilo O’Reilly – percussão

Paulo Brandão – violão / programações / arranjo de flautas

 

8 – Água Mãe Água(João Bosco)

Emerson Mardhine – baixo / programações

Murilo O’Reilly – percussão

Paulo Brandão – baixo / programações

Participação Especial: João Bosco – voz

 

9 – Sereia e Marinheiro (Emerson Mardhine e Etel Frota)

Maogani (Paulo Aragão, Marcos Alves, Carlos Chaves, Maurício Marques) – violões

Marcos Alves – arranjo de violões

 

10 – Perdido no Meio das Ondas(Daniel Gonzaga)

Andy Connell – sax soprano

Emerson Mardhine – violão / baixo / vocais / programações

Murilo O’Reilly – percussão

Paulo Brandão – violão / vocais / programações

 

11 – Fazer a Mala (Fernando Leporace e Dilma Lóes)

Emerson Mardhine – violão / baixo / programações / arranjo de flautas

Fernando Leporace – vocais

Guilherme Hermolin – flautas

Murilo O’Reilly – percussão

Paulo Brandão – violão / programações

 

12 – Vento Bravo(Edu Lobo e Paulo César Pinheiro)

Andy Connell – flautas de bambu

Emerson Mardhine – baixo / vocais / programações

Fernando Caneca – violão

Leo Leobons – percussão e voz incidental

Paulo Brandão – vocais / programações

Sheila Zagury – piano